terça-feira, 10 de agosto de 2010

Por que algumas dietas não funcionam para todos

O desejo de perder alguns quilos extras já tem lugar fixo entre as metas estabelecidas pelas mulheres. Com o objetivo de emagrecer, elas buscam estratégias normalmente já testadas por outras pessoas, mas que nem sempre dão o resultado esperado. A novidade é que há uma razão biológica para isso.

De acordo com uma pesquisa publicada pelo periódico científico Genetics, existe uma interação entre a genética e o tipo de dieta - que depende das características específicas de uma pessoa para funcionar.

“Cada pessoa tem um conjunto único de fatores genéticos e ambientais que contribuem para sua saúde metabólica. Devemos parar de procurar uma saída comum e começar a aceitar que este é um problema complexo que pode ter uma solução diferente para cada indivíduo”, disse Laura K. Reed, pesquisadora do departamento de Genética da North Carolina State University, Estados Unidos. De acordo com ela, a descoberta pode ajudar a trazer uma outra visão para o tratamento contra diabetes e obesidade.



Fonte: Veja.com

domingo, 8 de agosto de 2010

Dormir pouco ou dormir muito aumenta risco cardiovascular

Dormir na medida certa

Dormir pouco pode aumentar os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares. Mas dormir muito também. A conclusão é de um estudo publicado no último exemplar da revista Sleep.

De acordo com a pesquisa, o risco foi 2,2 vezes maior nos 8% da população analisada que disse dormir cinco horas por noite ou menos, incluindo sonecas durante o dia, do que entre aqueles que dormiam sete horas.

Entre os 9% da população estudada que dormiam nove horas por dia ou mais, o risco de desenvolver algum tipo de doença cardiovascular também se mostrou elevado: 1,5 vez maior do que entre aqueles que dormiam sete horas.

Os resultados foram ajustados para levar em conta variáveis que poderiam ter influência, como idade, sexo, raça, tabagismo, consumo de álcool, índice de massa corporal, nível de atividade física, diabetes, hipertensão e depressão.

Tempo ideal de sono

Os pesquisadores analisaram dados de 30.397 adultos que participaram do National Health Interview Survey de 2005, feito pelo Centro de Controle de Doenças, do governo norte-americano, que coletou informações sobre fatores demográficos e características socioeconômicas, de saúde e de estilo de vida da população.

"Os resultados do estudo sugerem que a duração anormal do sono afeta adversamente a saúde cardiovascular. Perturbações no sono podem ser um fator de risco para doenças cardiovasculares mesmo entre pessoas aparentemente saudáveis", disse Anoop Shankar, professor da Escola de Medicina da Universidade do Oeste da Virgínia, nos Estados Unidos.

A associação entre cinco horas ou menos de sono por dia com doenças cardiovasculares foi maior entre mulheres e entre adultos com menos de 60 anos.

Embora o número ideal de horas de sono diário varie de pessoa a pessoa, a Academia de Medicina do Sono dos Estados Unidos recomenta que a maioria dos adultos durma entre sete e oito horas por noite de modo a se sentir alerta e descansado durante o dia.

Privação do sono

Segundo os autores do estudo, os mecanismos por trás da associação entre privação de sono e problemas cardiovasculares podem incluir distúrbios em funções endócrinas e metabólicas.

Entre os efeitos negativos de dormir insuficientemente estão redução da sensibilidade à insulina, aumento na atividade simpática e elevação da pressão arterial. Esses efeitos aumentam o risco de endurecimento nas artérias.

Por outro lado, horas dormidas além do normal podem estar relacionadas com problemas que envolvem a qualidade do sono ou a respiração.

Os autores ressaltam que a natureza do estudo não permite determinar fatores causais. Mas, segundo eles, os resultados sugerem que questionários sobre a duração habitual do sono podem ser um aspecto importante da medicina preventiva.


Fonte: Diário da Saúde